terça-feira, 29 de novembro de 2011

"Maharaja: O Esplendor das Cortes Reais da Índia" em São Francisco




De 21 outubro de 2011 a 08 de abril de 2012.Museu de Arte Asiática de São Francisco





O Museu de Arte Asiática de São Francisco (EUA) acolhe a exposição Maharaja: O Esplendor das Cortes Reais da Índia, uma exposição organizada pelo Museu Victoria and Albert de Londres, que inclui mais de 200 objetos trazidos diretamente da Índia. Esta é a primeira mostra realizada até agora que explora de forma abrangente  o maravilhoso mundo dos marajás e sua extraordinária cultura  de mecenato artístico.








A mostra cobre um período de mais de 200 anos, compreendendo desde 1700, quando começa esse fenômeno dos "grandes reis" até 1947, quando a Índia, finalmente, conseguiu a independência da Inglaterra.






Época fascinante

Através das peças mostradas na exposição é possível entrar não só o contexto histórico e social dessa época fascinante, mas também compreender o importante papel desempenhado pelo mecenato que estes soberanos desempenharam destinados a ampliar seu status real e reafirmar sua identidade como monarcas absolutos.









Entre as obras-primas incluidas na exposição destaca-se o famoso trono que pertenceu ao Maharaja Sikh Rangit Singh, o colar Patiala de Cartier, fotografias de Man Ray e Cecil Beaton ou a carruajem decorada em prata feita para o marajá de Bhavnagar em 1915.






A exposição inclui várias secções, que vão marcando a mudança contínua do papel desempenhado pelos marajás longo de sua história, sempre consequência do contexto histórico a que pertenciam. Além disso, mudanças nos gostos e preferências em termos de luxo ostentatório fica perfeitamente refletida.







Assim, a primeira sala da exposição apresenta aos visitantes a idéia do "rajadharma" ou "dever real", explorando os vários comportamentos, habilidades e protocolos a serem adotados pelo Marajás. Seus deveres abrangiam aspectos militares, administrativos e diplomáticos, bem como o patrocínio das artes. Em destaque nesta seção as espadas, jóias elaboradas para turbantes e outros símbolos da realeza na Índia.





Chand Bibi of Bijapur Shooting with her Ladies. About 1750. Opaque watercolor and gold on paper. © V&A Images/ Victoria and Albert Museum, London, given by Colonel T.G. Gayer-Anderson, C.M.G., D.S.O. and his twin brother Major R.G. Gayer-Anderson, Pasha.


A seção seguinte, na Hambrech Gallery, explora a imagem do Marajá como inquestionável líder político religioso e militar, símbolo de autoridade pública, uma idéia que se materializa através das armas ou pinturas. Por outro lado, também estão expostos nesta seção instrumentos musicais ou jogos que se relacionam ao aspecto do ócio da corte.




Pair of makar kara (bracelets with heads of a mythological beast) for a woman. 1850–1900. Gold, enamel, diamonds. © Katharina Faerber.

A Galeria Osher entra nas mudanças do poder que ocorrem desde o início XVIIII em conseqüência da desintegração do Império Mogol, o que resultou em um período instável de disputas territoriais entre os vários reis.


 


Yeshwant Rao Holkar II of Indore in western dress. By Bernard Boutet de Monvel. 1929. Oil on canvas. Al-Thani Collection. © 2011 Artists Rights Society (ARS), New York / ADAGP, Paris. Reproduction, including downloading of works is prohibited by copyright laws and international conventions without the express written permission of Artists Rights Society (ARS), New York.

Paralelamente a esta situação, esta época também testemunhou a rápida expansão territorial da Companhia Britânica das Índias Ocidentais, o que gerou um estilo anglo-indiano híbrido refletido nos objetos, como o serviço de mesa assinado pela marca britânica Spode ou uma cadeira estilo egípcio projetado para o Nawab de Awadh.





Bhup Singh of Guler with his Rani under a quilt. About 1800. Opaque watercolor on paper. © V&A Images/ Victoria and Albert Museum, London

Todos esta ostentação de luxos continuaram nas cortes indianas até o momento da Raj -administração britânica, quando o marajás perderam o seu poder real, deixando-o a serviço da coroa britânica.






Throne. About 1876. Wood, silver, silk brocade. Knebworth House, Hertfordshire, UK.

Os soberanos hindus mantiveram por um lado seus costumes sociais e culturais ainda que sob formas ocidentais de governo ou seja, que os príncipes se viram obrigados a viver como marajás estereotipados ainda que com comportamentos e muitas vezes com mentalidades próprias de verdadeiros cavalheiros.


 


Belt. 1850–1900. Gold, diamonds, enamel, silk brocade, velvet. © The Trustees of the British Museum.







Poshak (costume for a woman). About 1900. Silk brocade with gold thread, base metal and sequins. Private Collection.

Finalmente, no desejo de "modernização" a maneira ocidental assim como o mecenato dos Marajás com marcas europeias fica evidente na última seção da exposição, onde podem-se ver as jóias feitas especialmente para eles por respeitáveis ​​empresas européias, como Cartier e Van Cleef & Arpels, saris desenhados por casas de moda francesas, um luxuoso Rolls-Royce ou um baú de viajem da Louis Vuitton.




Durjan Sal of Kota hunting lion. 1778. Opaque watercolor and gold on paper on paper. © V&A Images/ Victoria and Albert Museum, given by Colonel T.G. Gayer-Anderson, C.M.G., D.S.O. and his twin brother Major R.G. Gayer-Anderson, Pasha.





Turban ornament. 1750-1755. Gold, diamonds, rubies, emeralds, sapphire, pearl. © V&A Images/ Victoria and Albert Museum, London




Necklace. Cartier Paris, special order, 1928. Reconstructed with some substitute stones in 2002. Platinum, diamonds, yellow zirconia, white zirconias, topazes, synthetic rubies, smoky quartz, citrine. Created for Sir Bhupindra Singh, Maharaja of Patiala. Nick Welsh, Cartier Collection © Cartier. 





Procession of Maharao Ram Sing II of Kota. About 1850. Opaque watercolor on paper. © V&A Images/ Victoria and Albert Museum, London, given by Colonel T.G. Gayer-Anderson, C.M.G., D.S.O. and his twin brother Major R. G. Gayer-Anderson, Pasha. 





Silver Carriage made for the Maharaja of Bhavnagar. Fort Coach Factory. 1915. Silver, enamel. Private Collection, Courtesy of Sinai and Sons Ltd, London. Photographer: Kaz Tsuruta, Asian Art Museum. 





Jade pen case. 1700-1800. White Jade, rubies, emeralds, diamonds, steel. © V&A Images/ Victoria and Albert Museum, London. 





Jade Pot and Cover. 1650-1700. Pot and cover. White nephrite jade set with rubies in gold. © V&A Images/ Victoria and Albert Museum, London. 





Jama. 1700-1800. Cotton, silk, thread. © V&A Images/ Victoria and Albert Museum, London. 





Spice Box. 1800-1850. Silver, gilded silver. © V&A Images/ Victoria and Albert Museum, London.



Flintlock gun. 1800-1850. Steel, wood, gold, enamel. © V&A Images/ Victoria and Albert Museum, London.



Games box. 1825-1850. Rosewood, ivory, brass. © V&A Images/ Victoria and Albert Museum, London.





Peacock shaped instrument. 1800-1900. Wood, peacock feathers. © V&A Images/ Victoria and Albert Museum, London.







































http://www.asianart.org/maharaja/index.htm











200 Larkin Street (entre as ruas Fulton e McAllister)
San Francisco, CA 94102
No bairro Centro Cívico, em frente à Câmara Municipal.
 
 
 

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